sexta-feira, 12 de março de 2010

EXORCISTA - CHEFE DA IGREJA CATÓLICA DIZ:" O DIABO RESIDE NO VATICANO E QUE BISPOS ESTARIAM LIGADOS A ELE.


"Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: Andreas Tille)"
O exorcista-chefe da Igreja Católica disse a um jornal italiano que "o Diabo reside no Vaticano" e que bispos estariam "ligados" a ele.
Em entrevista ao diário La República, o padre Gabriele Amorth, que comanda o departamento de exorcismo em Roma há 25 anos, disse que o ataque ao papa Bento 16 na noite de Natal e os escândalos de pedofilia e abuso sexual envolvendo sacerdotes seriam provas da influência maléfica do Demônio na Santa Sé e que "é possível ver as conseqüências disso".
O sacerdote, de 85 anos, disse ainda que há, na Igreja, "cardeais que não acreditam em Jesus e bispos ligados ao Demônio".
Amorth, que já teria realizado o exorcismo de 70 mil possuídos, publicou um livro no mês passado, chamado Memórias de um Exorcista, em que narra suas batalhas contra o mal.
A série de entrevistas que compõe o livro foi realizada pelo jornalista Marco Tosatti, que conversou com o programa de rádio Newshour da BBC.
Tosatti disse que o Diabo atua de duas formas. Na primeira, a mais ordinária, "ele te aconselha a se comportar mal, a fazer coisas ruins e até a cometer crimes".
Na segunda, "que ocorre muito raramente", ele pode possuir uma pessoa. Tosatti disse que, de acordo com Amorth, Adolf Hitler e os nazistas foram possuídos pelo capeta.
O exorcista católico conta em suas memórias que, durante as sessões de exorcismo, os possuídos precisavam ser controlados por seis ou sete de seus assistentes. Eles também eram capazes de cuspir cacos de vidro, "pedaços de metal do tamanho de um dedo, mas também pétalas de rosas", segundo o sacerdote.
Guerra contra a Igreja
Amorth defende que a tentativa de assassinato do papa João Paulo 2º em 1981, assim como o ataque ao atual papa no Natal passado e os casos de abuso sexual cometidos por padres são exemplos de que o Diabo está em guerra com a igreja.
Em entrevista ao La República, o exorcista contou que o Demônio "pode permanecer escondido, ou falar diferentes línguas, ou mesmo se fazer parecer simpático".
Para Tosatti, não há nada que se possa fazer quando o Diabo está apenas influenciando as pessoas, em vez de estar possuindo-as.
Segundo o exorcista-chefe do Vaticano, o papa Bento 16 apóia o seu trabalho.
"Sua Santidade acredita de todo coração na prática do exorcismo. Ele tem encorajado e louvado o nosso trabalho".
No jornal italiano, Amorth também comentou sobre como o cinema retrata o exorcismo e a magia.
Segundo ele, o filme O Exorcista, de 1973, em que dois padres lutam para exorcizar uma garota possuída é "substancialmente preciso", apesar de "um pouco exagerado".
Já a série do jovem bruxo britânico Harry Potter é descrita como "perigosa" pelo sacerdote, pois traça "uma falsa distinção entre magia negra e magia do bem".
FONTE; BBC BRASIL,ATUALIZADO EM 12/03/2010 - 6:01

ZERO HORA.COM - 12 de março de 2010

O DEMONIO ATUA NO VATICANO,DIZ EXORCISTA / POLEMICA CATÓLICA

Para padre italiano, casos de pedofilia provam que mal está dentro da IgrejaO “demônio age dentro do Vaticano”. A forte declaração acima não vem de nenhum ateu ou crítico da Igreja Católica, mas de um padre. Para o italiano Gabriele Amorth, 85 anos – 25 deles como exorcista oficial da Santa Sé, período em que teria lidado com 70 mil casos de possessão demoníaca –, os casos de abusos de menores por sacerdotes são uma prova de que o mal está bem próximo.

– Quando se fala que há fumaça de Satã em solo sagrado (declaração do papa Paulo VI, em 1972), é verdade, incluindo essas últimas histórias de violência e pedofilia – ressaltou Amorth, em entrevista ao jornal britânico The Times.

Para o padre, as consequências da “infiltração satânica” na Igreja incluem disputas de poder no Vaticano, bem como a existência de “cardeais que não acreditam em Jesus e bispos ligados ao demônio”.

– Ele pode se esconder, ou falar diversas línguas, ou até aparecer para ser solidário. Às vezes ele ri de mim – afirmou.

Para professor de Teologia, ideia é uma “desculpa”

Um outro exemplo de ações satânicas, prosseguiu o padre, seria um suposto esquema para encobrir o real motivo das mortes, em 1998, de Alois Estermann, comandante da Guarda Suíça (que protege o Vaticano), de sua mulher e do cabo Cedric Tornay. Em uma rápida investigação, o Vaticano concluiu que Tornay havia matado o comandante e a mulher e, depois, se suicidado por não ter recebido uma medalha. Os familiares do cabo, porém, não acreditam na história – há relatos não-confirmados de que questões relativas à homossexualidade teriam originado a tragédia e do envolvimento de uma quarta pessoa não identificada no caso.

– Eles encobriram tudo imediatamente – garantiu Amorth, acrescentando que a tentativa de assassinato do papa João Paulo II, em 1981, também foi obra do demônio.

O padre Irineu Rabuske, professor da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e autor do livro Jesus Exorcista (2001), discorda da postura de Amorth:

– Ele pode estar dizendo uma coisa forte, mas, na verdade, é uma desculpa. A Igreja terá de analisar todos os casos de pedofilia e apurar a responsabilidade. Não adianta dizer que foi o demônio.

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