13/03/10 - 08h58 - Atualizado em 13/03/10 - 09h00
CIDADE DO VATICANO- O porta-voz vaticano, Federico Lombardi, denunciou a existência de uma tentativa "fracassada" de envolver o papa Bento XVI nos casos de pedofilia da Igreja Católica da Alemanha.
Em comunicado divulgado hoje no site da "Rádio Vaticano", o porta-voz da Santa Sé reiterou que Joseph Ratzinger não sabia do caso do quando autorizou que um sacerdote com antecedentes de pedofilia e que tinha sido expulso por esse motivo do bispado da cidade alemã de Essen, conduzisse atividades pastorais em Munique.
O incidente, na década de 80, veio à tona ontem, publicado pelo jornal alemão "Süddeutsche Zeitung".
"É evidente que nos últimos dias alguém buscou, até com certo empenho em Regensburg e em Munique, elementos para implicar pessoalmente o Pontífice nos casos de abusos. Para qualquer observador objetivo, está claro que estes esforços fracassaram", afirmou Lombardi.
"Apesar da tempestade, a Igreja vê um bom caminho a ser seguido. Como já tivemos oportunidade de observar, esperamos que este tormento possa ajudar toda a sociedade a melhorar proteção e formação da infância e da juventude", acrescenta.
A informação divulgada ontem pelo jornal alemão veio depois de Bento XVI se reunir no Vaticano com o chefe dos bispos da Alemanha, Robert Zollitsch.
O religioso foi convocado pelo papa para informar em primeira mão sobre os casos de abuso ocorridos nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Estima-se que mais de 350 crianças foram abusadas.
O presidente da Conferência Episcopal Alemã também se reuniu com a Congregação para a Doutrina da Fé, que estuda adotar novas normas em todo o mundo para enfrentar os escândalos dos padres pedófilos.
O porta-voz do Vaticano afirmou que a linha de Ratzinger para lidar com a pedofilia sempre foi "a do rigor e da coerência", enfrentando as situações mais difíceis também em sua época como responsável da Congregação para a Doutrina da Fé. EFE.
Por Marcelo Godoy, Agencia Estado, Atualizado: 12/3/2010 18:05
SUSPEITO DE MAATAR CARTUNISTA DIZIA SER JESUS CRISTO
O universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos, queria sequestrar o cartunista Glauco, segundo parentes da vítima contaram ao chegar à Delegacia Seccional de Osasco (SP). Glauco e seu filho, Raoni, foram assassinados na madrugada desta sexta-feira. Frequentador da Igreja Céu de Maria, fundada pelo cartunista, Sundfeld queria Glauco o acompanhasse até a casa de sua mãe, no Pacaembu, zona oeste, para dizer a ela que o rapaz era "Jesus Cristo".
Segundo o relato desses parentes, Sundfeld estava transtornado, armado com uma pistola 765 mm, e primeiro rendeu a filha do cartunista, Juliana. Ela chamou pela mãe e Glauco também foi ao local. Sundfeld chegou a agredir as duas mulheres e deu uma coronhada no cartunista, a quem costumava pedir conselhos. O rapaz ameaçou se matar e Glauco lhe disse para "não fazer isso".
Nessa hora, Raoni chegou e viu o pai ensanguentado. Foi aí que Sundfeld acabou disparando a pistola dez vezes. Quatro tiros atingiram o cartunista e outros quatro, Raoni. Os dois chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.
Esses mesmos familiares que relataram o ataque de Sundfeld acreditam que havia uma segunda pessoa no carro usado pelo suspeito. A polícia fez buscas nas casas do pai e da mãe de Sundfeld, no Alto de Pinheiros e no Pacaembu, mas não localizou o rapaz.
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