quinta-feira, 29 de abril de 2010

TIME APONTA LULA COMO O MAIS INFLUENTE DO MUNDO / ROBÔ COM CONTROLE REMOTO OPERA PACIENTE BRITANICO

Por AE, Agencia Estado, Atualizado: 29/4/2010 12:15
A revista norte-americana Time colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no topo de sua lista das pessoas mais influentes do mundo, divulgada hoje no site da publicação. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aparece em quarto no levantamento, realizado anualmente.
Em texto assinado pelo documentarista norte-americano Michael Moore, a Time qualifica Lula como "um filho legítimo da classe trabalhadora da América Latina" e lembra alguns aspectos de sua trajetória. A reportagem da revista nota que Lula decidiu entrar na política após perder a esposa no oitavo mês de gravidez, junto com o bebê, por não ter como bancar "um serviço médico decente". "Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deixem as pessoas terem um bom sistema de saúde, e elas darão muito menos trabalho para vocês", defendeu a Time.
"O que Lula quer para o Brasil é o que nós costumávamos chamar de Sonho Americano", afirmou Moore.
O ranking da Time é dividido em alguns tópicos e Lula lidera na categoria Líderes (além de ser o primeiro da lista geral). Outros políticos citados entre os líderes são Obama, em 4º, o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, em 7º, e a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em 8º lugar.
Entre os "Heróis", o topo ficou para o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, elogiado por seu papel como enviado da ONU no Haiti desde 2009.
Entre os artistas, o topo ficou com as mulheres: a escolhida foi a cantora pop Lady Gaga. Em terceiro lugar ficou Kathryn Bigelow, ganhadora do Oscar de melhor filme e melhor direção, pelo filme Guerra ao Terror. Em seguida, aparece a apresentadora Oprah Winfrey. Entre os pensadores, o topo da lista ficou para a arquiteta iraquiana Zaha Hadid.


Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 29/4/2010 17:26


ROBÔ COM CONTROLE REMOTO OPERA PACIENTE BRITANICO - Por Kate

LONDRES (Reuters) - Médicos de um hospital britânico realizaram a primeira cirurgia para a correção de batimentos cardíacos usando um robô operado por controle remoto, prenunciando uma era em que os pacientes serão tratados por médicos em outras cidades ou mesmo países.
Andre Ng, que realizou a cirurgia na quarta-feira estando fora do centro cirúrgico, disse à Reuters que tudo correu bem e que a arritmia do paciente britânico, de 70 anos, voltou ao normal em uma hora.
"Superou nossas expectativas e conseguimos aquilo a que nos dispusemos em um ótimo tempo", disse Ng, consultor de cardiologia e eletrofisiologia do Hospital Glenfield, em Leicester.
A cirurgia robótica vem se tornando comum em países ricos, e pode ser usada em pacientes com câncer ginecológico, renal e de bexiga, e com doenças arteriais e coronarianas.
Ng disse ter sido o primeiro médico do mundo a realizar esse tipo de cirurgia por controle remoto num paciente humano usando o chamado Sistema Remoto de Manipulação por Cateter, desenvolvido pela empresa norte-americana Catheter Robotics.
O procedimento feito por Ng envolvia a introdução de cateteres em vasos sanguíneos na virilha, que então eram guiados até as cavidades cardíacas.
Eletrodos nos cateteres gravam e estimulam diferentes regiões do coração, para ajudar o médico a identificar a causa da arritmia, que normalmente é provocada por um problema no "sistema elétrico" do coração.
Com a área identificada, um dos cateteres é colocado no lugar certo para cauterizar (queimar) o tecido, curando o problema. A cauterização por cateter tem sido feita há duas décadas nesses casos.
Apesar de ter ficado fora do centro cirúrgico, Ng disse que sentiu "completo controle" e que podia ver e conversar com outros profissionais que estavam junto ao paciente.
A principal vantagem do método é que o cirurgião não precisa usar os pesados coletes de chumbo exigidos em centros cirúrgicos, por causa dos raios-X que revelam o que acontece dentro do paciente.
Em operações longas e complexas, o peso adicional contribui para deixar o médico mais cansado e, portanto, menos concentrado.
"Como eu estava sentado, num ambiente relaxado e controlado, e sem ter de vestir um pesado colete de chumbo, foi na verdade uma experiência agradável", disse Ng.
"Acho que certamente seria possível no futuro fazer isso a partir de outra cidade, ou mais longe. Só é preciso ter uma conexão confiável entre o seu controlador remoto, onde o operador está, e o braço robótico, onde o paciente está. Se houver uma conexão suficientemente confiável, dá para fazer isso de qualquer lugar do mundo."

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