A Construtora Engexata Engenharia Ltda. responsável pela execução da obra do metrô de Sobral já iniciou os trabalhos pela demarcação dos locais onde serão construídas as seis estações, entre os bairros do Sumaré e Cohab II, passando pelos bairros Dom José, Centro, Coração de Jesus e Sinhá Sabóia.
Mas a obra já enfrenta os primeiros descontentamento da população, principalmente dos moradores da Rua Ferroviária, no bairro do Sumaré, que demonstram insatisfação com a colocação dos tapumes para início da obra. “Ficou difícil para a gente sair de casa. Tirar o carro da garagem se tornou um verdadeiro malabarismo”, reclama a moradora e líder de bairro Leulma Cavalcante Lopes.
O presidente do Conselho Comunitário de bairro, José Arteiro, conta que os operários chegaram ao canteiro de obra há cerca de 15 dias e não houve nenhuma comunicação prévia do que seria feito ali. “A nossa preocupação agora é saber se eles irão indenizar algumas famílias, mas eles não falam nada”, disse José Arteiro. Outra dezena de moradores se diz preocupada com a situação, mas acha que ainda é cedo para reclamar.
No escritório da Engexata, localizado na Avenida Fernandes Távora, no bairro Sinhá Sabóia, ninguém quis comentar sobre o andamento da obra, nem sobre os transtornos que estão causando aos moradores do Sumaré.
“Este é um assunto que deve ser tratado diretamente com o órgão, em Fortaleza”, disse um funcionário da construtora, que preferiu não se identificar. Segundo Edilson Aragão, diretor de Desenvolvimento e Tecnologia da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, e responsável pela fiscalização do metrô de Sobral, os canteiros de obras para a construção das estações está dentro da faixa de domínio da Transnordestina Logística, responsável pela operação da ferrovia existente. “O que deve ter acontecido para as pessoas reclamarem é que elas invadiram uma área que pertence à rede ferroviária”, disse Edilson Aragão.
Remodelação
Segundo o diretor da companhia, neste primeiro momento, será feito toda remodelação do trecho já existente, bem como a construção das estações e o primeiro trecho do segundo ramal, iniciando na Grendene até o bairro Campo dos Velhos. “O projeto está sofrendo modificação no trecho que compreende a Avenida John Sanford. Não será necessário a duplicação da via e o número de desapropriações, será bem menor”, assegura Edilson Aragão.
FONTE - SPN - WILSON GOMES
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