quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TEMPERATURA GLOBALPODE SUBIR 6ºC ATÉ O FIM DO SÉCULO.



A tendência atual fará com que a temperatura aumente entre 3 e 6 ºC no final do século sobre os níveis pré-industriais, um cenário com graves consequências que ainda pode ser evitado com um custo de ação limitado, segundo anunciou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira.

Esta é a principal mensagem de um relatório sobre a mudança climática divulgado pela OCDE às vésperas da conferência de Durban, que começa na próxima semana, no qual pede aos governos que se engajem para conseguir um acordo internacional. “Os custos econômicos e as consequências ambientais da ausência de ação política da mudança climática são significativas”, advertiu o secretário-geral do organismo, Ángel Gurría, durante a apresentação do estudo.

Concretamente, as medidas para modificar sobretudo o panorama energético que se espera para 2050 e reduzir as emissões de efeito estufa em 70% custariam 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um número que os autores do relatório relativizaram em entrevista coletiva, ao ressaltarem que significaria que o crescimento da economia mundial nos quatro próximos decênios seria de 3,3% ao ano, em vez de 3,5%, um corte de dois décimos.

O relatório destacou que não alterar as políticas atuais geraria prejuízos ambientais que afetariam muito mais a economia. O relatório Stern de 2006 havia antecipado perdas permanentes do consumo por habitante superiores a 14%.

A OCDE advertiu que sem novas políticas de contenção das emissões de efeito estufa, as energias fósseis seguirão mantendo seu peso relativo atual, de 85% do total, o que conduziria a um volume de concentração na atmosfera de 685 partes de dióxido de carbono (CO2) ou equivalentes por milhão, muito longe das 450 que os cientistas consideram que permitiriam limitar o aquecimento climático global a 2 ºC.

Para o órgão, um ponto relevante é estabelecer “um preço significativo” das emissões de CO2 para induzir à mudança tecnológica, mas também a fixação de metas de diminuição de emissões “claras, críveis e mais restritivas” com as quais “todos os grandes emissores, setores e países” precisarão se comprometer.

Fonte: EFE

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