terça-feira, 1 de novembro de 2011

Papa Bento XVI reconhece ter vergonha do passado violento da Igreja Católica

Publicado por Renato Cavallera em 1 de novembro de 2011
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Papa Bento XVI reconhece ter vergonha do passado violento da Igreja Católica

O papa Bento XVI, em reunião inter-religiosa global, nesta quinta-feira(27) reconheceu que o Cristianismo usou de força ao longa da história, mas disse que a violência em nome de Deus não tem lugar no mundo hoje.

Bento falou para cerca de 300 líderes religiosos escolhidos de todo o mundo – incluindo cristãos, judeus, muçulmanos, hindus, zoroastrianos, taoístas, xintoístas e budistas – em um encontro de oração inter-religiosa pela paz na cidade de São Francisco.

“Como cristão eu quero dizer neste momento: sim, é verdade, no curso da história, a força também tem sido usada em nome da fé cristã”, disse ele em seu discurso para as delegações em uma basílica de Assis .

“Reconhecemos com grande vergonha. Mas é absolutamente claro que este era um abuso da fé cristã, que evidentemente contradiz a sua verdadeira natureza”, disse ele.

Foi uma das poucas vezes em que um papa pediu desculpas em grandes eventos como nesta reunião para refletir sobre a Paz e Justiça no mundo, onde admitiu o uso da força para difundir a fé no Novo Mundo. O falecido Papa João Paulo pediu desculpas em 2000 por falhas históricas do cristianismo.

Bento XVI, que em seu discurso condenou o terrorismo, disse que a história tinha também mostrado que a negação de Deus pode trazer “um grau de violência que não conhece limites”. Ele disse que os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial revelaram “com clareza absoluta as conseqüências da ausência de Deus”.

Fonte: O Diário

“Lugares sagrados de Jerusalém estão se tornando uma Disneylândia”, afirma jornalista.

“Lugares sagrados de Jerusalém estão se tornando uma Disneylândia”, afirma jornalista

Em um artigo escrito para o jornal Folha de S. Paulo, o jornalista Luiz Felipe Pondé afirma que Jerusalém foi transformada em uma “Disneylandia de Jesus”.

Segundo o texto do artigo, lugares sagrados da cidade santa viraram apenas pontos turísticos, sem respeito à história do lugar: “veja, por exemplo, o que aconteceu com os lugares sagrados de Jerusalém. Aquilo virou uma Disneylândia de Jesus. Imagino que, dentro de alguns anos, teremos atores fracassados do Terceiro Mundo vestidos de Judas-Patetas, Maria-Branca de Neve, Tio Pôncio-Patinhas, Pedro-Duck e, é claro, Mickey-Jesus-Mouse”.

O jornalista ainda especula se tanto movimento não pode ser interpretado como histeria. “Ateus são fichinha em comparação à histeria religiosa como argumento contra a viabilidade de um Deus bom e generoso. Nesse caso, a náusea faz de você um ateu”, afirma Pondé.

“Jesus deve ter uma paciência de Jó, com seus fiéis cheios de máquinas digitais e filmadoras chinesas querendo devassar a intimidade de sua mãe e de seus discípulos mortos já há tantos séculos”, ironiza o colunista, que completa: “Aliás, estou seguro de que, em breve, Jesus será “made in China”.

O jornalista conta que já visitou Jerusalém inúmeras vezes, e por isso, pode acompanhar ao longo dos anos, a transformação da cidade: “tive o desprazer de ver Jerusalém virar uma cidade devastada pela horda de tarados… infestada pelos histéricos pentecostais e seus berros em nome do Espírito Santo”.

Luiz Felipe Pondé critica ainda os judeus ortodoxos, a que chama de “mal-educados” e os muçulmanos, “fanáticos”, segundo ele. “A população secular de Jerusalém é cada vez mais oprimida pelos homens de preto da ortodoxia judaica”.

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