Era maia: chegada de novos tempos ou fim do mundo?
Enquanto muitos se preparam para o fim do mundo e o Vaticano explica que isso não vai acontecer, festividades são esperadas nas terras maias
Pedra maia: calendário descreve 22 de dezembro de 2012 como o início de uma nova era e não como fim do mundo
Cidade do Panamá - A chegada da nova era maia nesta sexta-feira será celebrada nos países centro-americanos que eram terras desse antigo povo de cultura pré-hispânica marcada pela polêmica de que se trata do começo de novos tempos ou do temidoapocalipse.
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Uma era maia é composta de 13 ciclos, cada um denominado de B'aktun, e cada ciclo é concluído a cada 5.125 anos, segundo o calendário feito por essa civilização, que habitou os territórios que hoje são a Guatemala, Belize, Honduras, El Salvador e o sul do México, com uma história de aproximadamente três mil anos.
Segundo a visão maia, neste dia 21 de dezembro terminará a era atual que foi iniciada em 3.114 a.C. e começará o primeiro B'aktun da era seguinte, data em que serão realizadas celebrações de governos e organizações maias da América Central.
Essas festividades, que incluem rituais ancestrais, seminários e eventos gastronômicos, entre outros, terão como ponto principal as cerimônias que serão realizadas nos sítios arqueológicos. Os presidentes da Guatemala e de Honduras já anunciaram apoio às festividades.
Mas o acontecimento também foi entendido por alguns, erroneamente, como a chegada do fim do mundo, uma teoria que foi rejeitada pelos herdeiros da civilização pré-hispânica, por cientistas e inclusive pela Igreja Católica.
'O fim do período do quinto sol (que acontecerá no dia 21 de dezembro de 2012) dará passagem a uma nova era, na qual haverá mudanças positivas em todos os sentidos para a humanidade', segundo afirmaram sacerdotes e guias espirituais maias da Guatemala.
A Conferência Nacional de Ministros na Espiritualidade Maia da Guatemala 'Oxlajuj Ajpop', que organizou uma série de atos, insistiu no valor cerimonial e espiritual da data.
'Não se trata do fim do mundo, mas do fim de um ciclo e do início de outro, portanto não esperem que as pessoas te contem, venham a Copán, cidade que viverá um espetáculo cultural', disse à Agência Efe a ministra de Turismo de Honduras, Nelly Jerez.
Copán, no oeste hondurenho, foi uma influente cidade-estado maia no período clássico, que vai de 320 a 987 d.C., assim como outras cidades como Tikal e Quiriguá, ambas na Guatemala.
Até o Vaticano teve que se pronunciar sobre a 'profecia' do fim do mundo atribuída aos maias e, o próprio diteror da Specola Vaticana (Observatório Astronômico), José Funes, antecipou que, por enquanto, não haverá apocalipse.
'Segundo essa 'profecia', seria verificada uma escalação dos planetas e do Sol com o centro da Via Láctea e uma inversão dos pólos magnéticos do campo terrestre. Não vale a pena discutir a base científica dessas afirmações, obviamente falsas', assinalou Funes ao jornal vaticano 'L'Osservatore Romano'.
fonte - Exame.com - google
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